Como enfermeiro obstétrico, tenho testemunhado uma transformação significativa na assistência ao parto no Brasil. Essa mudança é impulsionada pela atuação dedicada de enfermeiras obstétricas e obstetrizes, que promovem um cuidado mais humanizado e centrado na mulher.
Resgate histórico e valorização profissional
A trajetória dessas profissionais, remonta às parteiras tradicionais, que, por gerações, assistiram mulheres em seus partos. Com o tempo, a profissão evoluiu, e a formação acadêmica passou a ser valorizada. Hoje, enfermeiras obstétricas e obstetrizes são reconhecidas por sua competência técnica e sensibilidade no cuidado materno-infantil.
Impacto na humanização do parto
A presença dessas profissionais na assistência ao parto tem contribuído para a redução de intervenções desnecessárias, como episiotomias e cesarianas, promovendo práticas baseadas em evidências e respeitando a fisiologia do parto. Além disso, elas oferecem suporte emocional, incentivam a participação ativa da mulher e garantem um ambiente acolhedor durante o trabalho de parto.SciELO Brasil+3Arca Fiocruz+3UNFPA Brasil+3
Desafios e perspectivas futuras
Apesar dos avanços, ainda enfrentamos desafios, como a necessidade de maior inserção dessas profissionais nos serviços de saúde e o reconhecimento pleno de sua autonomia. É fundamental que políticas públicas continuem a apoiar a formação e a atuação de enfermeiras obstétricas e obstetrizes, assegurando que mais mulheres tenham acesso a um parto seguro e respeitoso.
A revolução do cuidado está em curso, e as enfermeiras obstétricas e obstetrizes são protagonistas dessa transformação. Com dedicação e competência, elas estão redefinindo a experiência do parto, colocando a mulher no centro do processo e promovendo uma assistência mais humana e eficaz.